Visita à Escola Primária de Vila Fria
25 De Fevereiro de 2011
Nós decidimos partir em direcção ao mundo dos pequenotes e o resultado final não podia ter sido melhor!
O tema do nosso trabalho de área projecto, Gastronomia Molecular - Cozinha, um Laboratório - tem a sua vertente atractiva e divertida, em que a cozinha e a ciência se aliam de uma forma encantadora. Se nós, alunos de 12º ano, ficamos em êxtase ao descobrir a “Ciência na Cozinha”, imaginem só as crianças!
Trabalho, esforço, criatividade, originalidade, ânsias, medos, dilemas, caracterizaram mais que bem a nossa semana de preparação para a visita aos alunos do 3º ano da escola primária de Vila Fria.
A nossa ideia foi a realização de várias experiências com eles, e para tal, poder-se utilizar produtos tão simples e comuns que se encontram nas cozinhas das nossas casas. Além do mais, já era do nosso conhecimento, que vários grupos de área projecto de anos anteriores tinham tido esta experiência de dar a conhecer um bocadinho do grande mundo da ciência aos mais novos. E então, desde o início que demarcamos que a visita às escolas primárias seria um dos objectivos, a alcançar pelo nosso grupo de trabalho.
Antes de partirmos para a aventura, decidimos fazer uma pequena apresentação sobre a gastronomia molecular, que para eles primitivamente não era nada, a não ser duas palavras estranhas e difíceis de pronunciar, e que no final já passou a ser, mesmo que pouco, um conceito mais interiorizado. Este confronto inicial ajudou-nos a perceber e a criar uma certa confiança e afinidade com os meninos, porque a verdade é que nós estávamos realmente nervosos, receosos e um pouco inseguros. Esta experiência de ensinar crianças impunha-nos uma responsabilidade e um valor acrescidos. Tentar explicar, por exemplo, o que são átomos e moléculas a crianças de 7, 8 anos parecia-nos ser uma tarefa bastante difícil, diríamos até quase impossível. Mas de uma forma simples, dissemos-lhes que essas partículas são partes pequenas de um material, de toda a matéria que nos rodeia. E eles, ultrapassando as nossas apreensões, conseguiram facilmente captar o que lhes comunicávamos.
A vontade de responderem às nossas perguntas e de ouvirem as nossas respostas às deles, a alegria que sentiam ao encher um mero gobelé com vinagre, a tocar nos ovos descalcificados, ou até mesmo mexer a massa dos bolos, foi admirável e deslumbrante. Este jogo de ensinar e de aprender de forma divertida não nos deixou impávidos, nem imóveis, deu-nos ainda mais vontade e desejo de continuar e um empenho adicional. A perplexidade não era única e simplesmente da parte deles, mas sobretudo da nossa parte.
Este contacto que travamos com as crianças foi único e excepcional, superou as expectativas de todos nós, aconselhávamos até aqueles que um dia tiverem a oportunidade de fazerem como nós, ou algo idêntico, de não hesitarem…
Podem dizer-nos tudo excepto que a curiosidade das crianças e a sua capacidade de surpreenderem, não maravilham…
Sem dúvida de que o mundo das crianças cria em nós um sentimento de felicidade fora do comum.
ResponderEliminarSerão estas experiências que mais tarde iremos recordar com um enorme sorriso na cara.
Bom trabalho (:
Bjs,
DL50
Olá a todos, desde já os meus parabéns! Têm um blogue muito interessante a todos os níveis (tanto de conteúdos, como de estética).
ResponderEliminarSou uma aluna do 12ºano da Escola Secundária de Monserrate, e em Área de Projecto, o meu grupo está a desenvolver uma actividade para apresentar a um jardim de infância, por isso achei esta actividade muito criativa. Espero que tenham sucesso no vosso projecto e continuação de um bom trabalho!
Juliana Sá